Minha casa é de remendos,
são tremendos seus galpões,
tão incômodos seus sóis,
suas luas giram lentas.
Minha casa sem paredes,
verdes campos que se espraiam;
onde há flores, não há frutos;
onde a gente aí tem paz.
Minha casa abandonada
e desleixada ao relento.
Quem visita ali não fica:
vai e deixa seus segredos.
Dormitório da saudade,
canta o vento umas berceuses
pra ninar quem não desperta.
O venezuelano Ignácio Velez assim transportou o poema para sua língua:
Mi casita
Es mi casa de remiendos
tan tremendos sus galpones,
tan incómodos sus soles
pues sus lunas giran lentas.
Es mi casa sin paredes,
verdes campos se desplayan;
donde hay flores y no frutos,
y la gente tiene paz.
Está ella abandonada
y así quedada al relente;
quién visita allí no queda:
sale y deja sus secretos.
Dormitorio de nostalgias,
canta el viento unas berceuses
pa’ arrullar a quién ya duerme.
Acho que o poema até ficou mais bonito.
Textos já publicados ( clique na seta )
-
▼
2009
(34)
- jan. (4)
- fev. (4)
- mar. (2)
- abr. (4)
- mai. (2)
- jun. (2)
- jul. (4)
- ago. (4)
- set. (3)
- out. (1)
- nov. (1)
- dez. (3)
-
►
2011
(25)
- fev. (2)
- mar. (2)
- abr. (2)
- mai. (2)
- jun. (2)
- jul. (1)
- ago. (4)
- set. (5)
- out. (3)
- nov. (2)
-
►
2012
(37)
- jan. (2)
- fev. (5)
- mar. (5)
- abr. (6)
- jun. (2)
- jul. (4)
- ago. (3)
- set. (4)
- out. (4)
- dez. (2)
Suannes: há poucos dias postei uns versos de minha autoria sobre uma velha casa onde habitam muitos sois e muitas luas e um tanto de boas lembranças. Leio o teu poema e vejo que nele também existe um espaço repleto de saudades. Amo sua poesia. Bjos de luz, meu amigo. Grauninha
ResponderExcluirseus textos são ótimos, fontes de inspiração.. parabéns
ResponderExcluir