25 abril 2013

Reflequissões sobre a Adevogacia


“Pior na OAB, faculdade culpa falta de estudo e pegadinhas da prova” – Dos jornais

         Acho um rematado abissurdo isso de ter de fazer ezame da orde. Médico faiz ezame da orde? Não faiz. E olhe que ele cuida da vida das peçoas que é o bem mais pressioso que inziste segundo disem. Quando morre o cliente joga terra em cima e pronto. Jornalista fais ezame da orde? Não faiz.  E é eles que escrevem a estória do Brasil e do mundo. Então por causo de que essa implicânsia com os adevogados?
Ora se a gente fizemos a fauculdade durante tantos anos e não bombamos a responsabilidade pela má qualidade do encino é de quem? Noça? Nóis paguemos o que nos cobraram, não foi. Logo temos direito ao deproma. Ora, para que serve um deproma? Apenas pra mostrar pros pais e depois dependurar na parede da sala?
Aí a gente vamos ter de fazer umas provas com perguntas capissiosas, com açuntos que não tivemos nas aulas, sertamente porquer não são importantes. A finalidade já se vê não é procurar descobrir o que o adevogado sabe mais aquilo que ele desconhesse. Ora desconhesser até os juízes do supremo desconhessem muita coisa. O Brabosão com toda aquela pouse não desconhessia que quando os acusados são dois ou mais eles tem praso dobrado para recorrer? Então. Até eu sabia pois o professor Ancelmo que é promotor público falava quando existe lites com sócio os prazo tem que ser dobrados. Algem vai mandar o Brabosão de volta pra fauculdade? Vai manda ele fazer exame da orde? Não vai.
 Diz que na última prova a OAB de São Paulo não paçou nem 10 por cento dos candidato. Nem dez por cento. Pode? Iço só pode ser perceguissão. É a tal rezerva de lixo proficional de que falam alguns entendidos. Só os bacanos é que podem ganhar dinheiro com a adevogacia, defendendo corrupitos. Iço tem de acabar ora se tem.
Alias outro professor noço o Alechandre, que é dezembargador dizia que o adevogado não tem que se importar com a lei, que adevogacia é só bom sensso. A obrigassão de conhesser as leis é só do juis: “Jura que o 9 cura” como dizia ele em ingleis. E ele sabia das coisa.
É por iço que eu lavo aqui o meu protesto: abaxo o inzame da orde!

16 abril 2013

Secretárias do Lar

“A FALTA QUE ELA ME FAZ”  - Título de livro de crônicas do Fernando Sabino, de 1980, onde ele não se refere nem à mãe, nem à esposa, nem à amante, nem à namorada
 
Na Europa, as casas não possuem mais a chamada empregada doméstica. Sinal da evolução social, pois se cuida de função humilhante, incompatível com a chamada dignidade humana, dizem os esquerdistas brasileiros, que conhecem o problema apenas por fotografia. Mais digno do que isso é essas moças e senhoras pedirem esmola junto ao semáforo e fazer careta quando você as ameaça com algum emprego. Como os filhos delas têm a promissora e incipiente carreira de malabarista, com direito a foguinho nas extremidades da vareta que eles giram diante do teu carro parado enquanto a luz verde não chega, logo logo as mães deles vão nos brindar com algum espetáculo de strip-tease. Quem viver verá.
 
Na Noruega, que conheci ao vivo e a cores, funcionária da embaixada de certo país sul-americano teve problemas com o Departamento de Imigração, pois havia levado na bagagem uma brasileira para exercer lá a tal humilhante função, apresentada então, como convém a brasileiros, como parente do casal. Como a cor da pele dos membros do casal não combinava com a da sua alegada familiar, os fiscais do tal Serviço de Imigração fizeram a chamada campana durante algumas semanas e descobriram que ali estava uma imigrante ilegal, que foi deportada para o país de origem. Ter imigrante ilegal em casa só sendo senadora norte-americana, esposa de presidente que gosta de charutos e futura candidata à presidência do país. Para alegria das vizinhas, falo novamente da Escandinávia, que não suportavam aquela absurda exibição de poder econômico por parte do casal sul-americano. Devem ser traficante de alguma coisa para um gasto desses, teriam cochichado.
 
Quando digo que na Noruega a faxina da casa é feita uma vez por ano, as pessoas mais sensíveis saem de perto. "Só pode estar bêbado para querer que acreditemos nisso !" Essa faxina é feita na véspera da Páscoa, pois eles levam isso de "passagem" ao pé da letra. Não houvesse a Páscoa, nem haveria a tal faxina anual. Feita, aliás, pelos donos da casa. Quando muito, os vizinhos fazem um mutirão, na base do eu ajudo a limpar a tua e você ajuda a limpar a minha. E aquilo vira uma festa de congraçamento, que até tem nome específico que, como não acontece com mais freqüência, não entrou para o meu magérrimo vocabulário norueguês. Espero que o Terje Borresen, que está aprendendo português apenas para ler o Circus no original, se manque e me ajude.
 
Aproveitando, é claro, para perguntar à esposa brasileira por que motivo deverá andar ele a fingir que é aleijado físico para me atender. Acho que quem deu uma mancada fui eu, Terje.
 
No Brasil, de fato, graças aos sindicatos petistas, as empregadas domésticas descobriram seus direitos, o que só pode ser aplaudido pelos que dizem acreditar em igualdade social. "Isso que a senhora está mandando que eu faça não se inclui entre os deveres de uma secretária do lar" disse uma delas a uma amiga nossa, que lhe havia pedido que lhe fritasse um ovo, algo próprio de uma cozinheira, como sabemos. Como colocar naquele apartamento minúsculo uma empregada doméstica, uma lavadeira, uma passadeira, uma cozinheira e uma mordoma é um problema que não pertine a elas, como diriam se tivessem sido alunas da professora Fonseca Rolim. Pena que os sindicatos petistas não se lembrassem de que jus et obligatio sunt correlata, coisa que não traduzo porque não mais sei o que isso quer dizer. Bacharelices? Never, never more!
 
A Noruega, aliás, atingiu tal ponto de evolução que um funcionário encarregado da limpeza das salas da Universidade de Oslo ganha cerca de 1/3 do que ganha um professor da mesma universidade. E se acha tão importante quanto o diretor, já que ninguém se apresenta para aquele serviço altamente relevante. Minha mulher ocupava uma sala com direito a seu belo nome numa plaqueta na porta. Dentro da confortável sala, mesa, computador, estante para os inúmeros livros e o indefectível sofá, onde todo ser humano dá suas cochiladas depois do almoço. Diante da nudez do assoalho, dei a ela de presente, num acesso de saudade dos rincões sudamericanos, um tapete peruano, com não mais de 1m por 0,50m. O diretor administrativo, delicadamente, ponderou que aquilo certamente traria problema, pois quando o encarregado da limpeza semanal da sala foi contratado não havia aquela fonte de trabalho adicional. Ou ela tirasse dali o tapete ou o enrolasse na véspera da limpeza semanal.
 
Aliás, os empregados noruegueses recusam promoção, pois o adicional mínimo que lhes será posto no salário não compensa o aumento de responsabilidade. Os efeitos deletérios do "bolsa família" já são lá conhecidos há muitas décadas.
Voltemos, porém, ao Brasil. Amigo nosso, em viagem de negócios pela Europa, telefona à mulher, para ter notícias da família que aqui deixou, disposto a pagar a dinheirama que isso custa a um membro da outrora chamada classe média, hoje trilhando a mesma senda dos dinossauros, do macaco leão dourado, das baleias e outros animais menores. A empregada, toda solícita: "vou chamar". Larga o telefone e anda três ou quatro quarteirões para avisar a patroa, que estava no cabeleireiro, que o patrão queria falar com ela. Que não demorasse. Deve ser a mesma secretária do lar que, nova na casa assobradada, quando do outro lado da linha perguntaram "de onde falam", não teve dúvida: "de debaixo da escada", que era onde ficava a mesinha do telefone.
 
Já o Zé Francisco, dileto membro da classe média, economizou e foi com a mulher até Buenos Aires, aproveitando que a gangorra cambial pende a nosso favor atualmente, graças aos demagogos do lado de lá da fronteira, que isso não falta na América latina. Como todo turista brasileiro que se preza, trouxe um casaco de couro legítimo, coisa mais fina. Que certo dia deixou inadvertidamente fora do armário e foi parar na máquina de lavar roupa. Sorte do porteiro do prédio, que teve neste inverno as noites mais bem agasalhadas de sua vida. Até porque o que conta é matar o frio e não a belezura, né não, doutor, como explicou ele ao generoso doador.
 
E houve aquela faxineira que era um azougue. No que a Maria Helena foi dar suas aulas de Direito Espacial, ela resolveu limpar os livros das estantes, onde já se viu aquela poeirada toda, dona professora. Quando a distinta professora voltou, à noite, quase teve um chilique: os livros estavam todos limpíssimos, agora arrumadinhos de acordo com o tamanho e a cor da lombada. Isso de "assunto" é coisa que a Zenóbia nem sabe como que se escreve. Quando a dona da casa conseguir arrumá-los novamente tal como estavam antes da tal faxina, certamente já será hora de limpá-los novamente. E aí, salve-se quem puder!
 
A ignorância, certamente, não é privilégio das empregadas domésticas. Em nome da contenção de gastos, empresas contratam pessoas que não têm a menor familiaridade com a atividade que vão desempenhar. Numa das lojas de uma rede de supermercado de nome francês, por exemplo, atendia, na seção de pães, uma moçoila cujo sotaque mostrava não ser francesa nem paulista. Perguntei-lhe quanto custava o croissant. A cara que ela fez daria a impressão de que lhe fiz alguma proposta indecorosa.
 
Outra casa de nome elegante, de finíssima aparência, nos chiquérrimos jardins, serve doces estupendos. Pedi à moça que me preparasse um frappé de coco. "Nós não temos". Então ponha uma colher de sorvete de coco num copo alto, complete com leite e bata no liquidificador. "Mas isso é milk-shake", diz ela. Em inglês, o verbo é to shake; em francês, é frapper, digo-lhe eu. Querer que uma simples atendente de balcão saiba essas coisas é ranzinzice de velho. Mas quem cobra o que eles cobram por um reles sorvete deveria retribuir com um serviço à altura. Pelo menos uma balconista trilingüe. Não acha a senhora?
 
Vejamos o que virá com a nova lei que em boa hora veio definir seus direitos e suas obrigações. Pelo sim, pelo não, estou aprendendo a arrumar a cama. Já é um começo.
 

08 abril 2013

Verdades e Mentiras

 

“A verdade não só é muito mais incrível do que a ficção como é muito mais difícil de inventar.” Millôr Fernandes

 
Que é a verdade? Dentre outras definições possíveis, gosto desta: é a conformidade perfeita entre um fato ou objeto e sua representação mental. Os antigos diziam, por isso, que nihil est in intellectu quod non  prius in  sensibus. Em linguagem de vivos: para que algo chegue à nossa mente, deve antes passar pelos nossos sentidos.
É aí que a porca torce o rabo, pois nossos sentidos nem sempre são dignos de muita confiança, a começar pela visão. Cada leitor tem casos e mais casos para contar sobre as inúmeras vezes em que “tomou a nuvem por Juno”, como diziam meus avós. A bolorenta frase refere-se ao fato de as nuvens formarem figuras, que nossa imaginação vai batizando. Aquilo que para uns é um coelho, para outros talvez seja um canguru. E quando chamamos um terceiro para desempatar, a nuvem já virou outra coisa.
Talvez tenha sido a partir de uma experiência dessas que o psicanalista suíço Hermann Rorschach desenvolveu seus estudos no sentido de estabelecer a relação entre imagens captadas por nossos olhos e o significado psicológico da denominação que damos a elas. Suas tábuas, com manchas coloridas e em preto-e-branco têm sido objeto de estudo e de crítica, até porque a morte precoce do suíço, antes dos 40 anos, não lhe permitiu, certamente, desenvolver seu trabalho.
As pessoas privadas de visão dizem que, na ausência dela, os demais sentidos ficam mais aguçados. Já falei sobre isso e não preciso voltar ao tema.
O filme Dúvida, uma peça de teatro filmada e indicada ao Oscar, especialmente pela interpretação do quarteto central de atores, coisa rara de acontecer, trabalha esse tema: pode-se chegar à verdade por meio da mentira?
De certa forma, o próprio cinema é uma mentira: imagens exibidas sucessivamente, à razão de 24 por segundo, dão-nos a impressão de que algo se movimenta, tanto que, quando o primeiro filme, feito pelos irmãos Lumière, foi exibido, mostrando uma inocente cena de um trem que chegava à estação, muitos espectadores fugiram apavorados, isso em 1895.
Aliás, é  curioso como a mentira é contagiante. Quando uma brasileira, que vivia no Exterior, declarou-se vítima de maus tratos cometidos por xenófobos, o nosso presidente da República, que não prima pela continência verbal, saiu a campo para defender a pretensa vítima. Nosso ministro das Relações Exteriores da época, homem sabidamente escolado, caiu no conto do vigário e extrapolou em críticas inadequadas a quem ocupa tal cargo. Curiosamente, ninguém por aqui se preocupou com alguns aspectos bizarros da coisa. Em primeiro lugar, a agressão se teria passado em local público, em pleno dia, não tendo sido visto por ninguém. Em segundo lugar, os riscos produzidos com estilete no corpo da jovem (todos eles na parte dianteira do corpo) eram todos superficiais, sugerindo extrema calma por parte do seu autor. Por fim, quem se dispusesse a virar a foto de cabeça para baixo notaria que a letra “S” está de cabeça para baixo em ambas as pernas, o que sugere auto-mutilação. Por que nenhum de nós notou nada disso? Talvez porque temos a tendência de ver o que queremos ver.   
O assunto, nas lides forenses, sempre vem a baila, pois a certeza do juiz deve fazer-se a partir de provas, não bastando meros indícios. Beyond a reasonable doubt, como dizem eles lá em cima. Ocorre que uma dúvida que não é razoável para uns será, possivelmente, razoável para outros. Tanto que há os votos vencidos.
O Instituto Brasileiro de Ciências Criminais vem de encarregar-me, um cinéfilo confesso, de elaborar a exibição de filmes sobre o tema “A Justiça e o Cinema”. Estou vasculhando os sebos à procura de obras raras sobre o tema, que acrescentarei aos DVDs que já possuo, como “Sobre Meninos e Lobos”, do Clint Eastwood, “Conduta de Risco”, do Tony Gilroy, “A Sombra de uma Dúvida”, do Alfred Hitchcock, “Rashomon”, do Akira Kurosawa, “Anatomia de um Crime”, do Otto Preminger, “A Vida de David Parker”, de Alan Parker, “Justiça para Todos”, do Norman Jewson, “Mephisto”, do István Szabó, “12 Homens e uma Sentença”, do Sydney Lumet, “O Homem Errado”, do Alfred Hitchcock, “Os Infiltrados”, do Martin Scorsese, “Crimes e Pecados”, do Woody Allen.
Aceito sugestões, desde que se refiram a filmes disponíveis no mercado.

02 abril 2013

Menas verdades



Apresentação

"Uma sequência de histórias de ácida criticidade é o que apresenta Adauto Suannes em sua mais nova obra. O realismo e o bom-humor característicos do autor também se fazem presentes em cada um dos 28 capítulos de Menas Verdades – causos forenses ou quase.

Como pontua o jornalista Juca Kfouri no prefácio do livro, os casos contados são deliciosos e exemplares, tanto para o bem quanto para o mal. E, em cada linha, o autor transpira personalidade, seja na fluida linguagem, seja na criativa construção da narrativa, garantias de uma prazerosa leitura."



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01 abril 2013

Politicamente errado


Depois de ver o filme O Quarteto
 

Recebo de uma amiga, tão jovem como eu, uma gentil mensagem dando-me dezenas de conselhos sobre como responder as mensagens recebidas pela Internet que resolvem nos dar conselhos. Especialmente as que dão conselhos a idosos, tal como ela me faz, recomendando que não fale em doença, nem em remédio, nem em médico, nem em hospital. Acho que ela está sugerindo que eu fique de bico calado. Deve ser por causa do meu mau hálito, coisa comum em quem usa dentadura. Eu poderia reproduzir algumas dessas recomendações, mas, com minha idade, mal me lembro de onde fica o banheiro. E mesmo assim às vezes não chego a tempo. E se chego a tempo não me lembro o que fui fazer lá.
Não tenho o número de netos que ela tem, mas não creio que isso faça diferença. Quem viu um viu todos. Como dizia aquele poeta, cujo nome me escapa, “Netos? Melhor não tê-los.” Acho que foi por isso que a filha dele casou-se com aquela cantora famosa, como é mesmo o nome dela? Avô e avó são, desde tempos imemoriais, meras instituições, dessas que você guarda como se fosse um pacote que não se sabe o que fazer com ele. Sabe aquele baú cheio de papéis imprestáveis? Algo assim. Se algum amiguinho do teu neto chegar à casa do teu filho de surpresa e o teu neto, meio constrangido, te apresentar a ele, não se assuste se ouvir a visita dizer “Não foi ele que você foi enterrar outro dia?” “Sim, eu responderia, mas resolvi dar uma voltinha aqui por baixo, para saber se a cretinice dos jovens tem aumentado”, diria eu.
“- Mas você hoje está pessimista” dirá alguém.
Por que só hoje? Alguma vez eu tive motivo para ser otimista? Lembrar do Adhemar de Barros, suspirar e dizer “Bons tempos aqueles!” Acha que é mole? Ouvi dizer que o próximo governador de Brasília será o Batistini, aquele criminoso que o Lulla perdoou. Estou pagando pra ver. Você, que também está beirando os 80, tem do que se orgulhar?
“- Claro que tenho. Pertenci à FEB e ajudei a tomar o Monte Castelo.”
Puxa! E ergueram alguma estátua pra vocês, como a daqueles anônimos norte-americanos fixando uma bandeira sei lá onde? Aliás, pergunte a 100 pessoas o que foi a FEB e se alguém com menos de 60 anos souber eu jogo fora minha bengala. No mínimo vão perguntar-lhe se esse Monte Castelo era marca de vinho. Nacional, é claro.
“- Tô te achando deprimido hoje. Vai me dizer que o Prozac acabou?”
Que eu me lembre, Prozac é o lugar onde a Globo faz as novelas que tu assiste. E, pelo jeito, não acabou. Agora está importando ator português, ator argentino. Logo logo vão colocar angolano nas novelas, por causa das tais cotas. Ou elas não se aplicam a estrangeiros?
“- Vamos mudar de assunto. Tem visto o pessoal de tua turma de faculdade?”
Quase toda semana vejo um. Geralmente deitado, com algodão no nariz. Ele, não eu.
“- Por falar em política, que achou da caravana da alegria da Dilma? Quinze ministros! Sabe lá o que é isso? Coisa do Guiness.”
Aquilo é que é mulher vocacionada para o cargo. Primeiro levou uma garrafa de pinga pro negão lá deles, o que merece o prêmio rinoceronte de ouro de sensibilidade. Se eu fosse o Obama, retribuiria com uma caixa de camisinhas de Vênus, em vários sabores. Agora dá uma de católica, coisa que ela não é nem nunca foi.
“- Positivamente, você está mal. Na sua idade já deveria saber que o mundo sempre foi e sempre será assim.”
Aí é que você se engana. Na tua mocidade tinha essa praga do telefone celular? Tinha geleira derretendo e idiota batendo palma? Tinha pobre metido a besta? Tinha torneiro mecânico indo além de suas sandálias? Tinha presidente do Supremo que não fosse branquelo?
“- Acho que eu vou indo, antes que eu comece a chorar. Aliás, os pais da namoradinha do meu neto vão à casa do meu filho e ele me pediu para ir lá, dar uma força. Sabe como são essas crianças. Aprontam e os pais que desatem o nó.”
No meu tempo se dizia que “Criança que faz criança não é mais criança”. Hoje, botam criança no mundo e os avós que cuidem delas. Já não chega ter de levar o cachorrinho da casa pra fazer cocô no portão da vizinha e ainda tem mais essa de levar criança pro berçário. Casar que é bom, nem pensar.
“- O que mostra como você está velho. No nosso tempo, casamento era coisa de homem e mulher. Hoje só bicha e sapatão dão importância a isso.”
Por falar em velho, tua mãe ainda dá expediente no Café Photo?