Esse teu olhar mortiço
esse sorriso postiço
essa cara encarquilhada.
Ah o tempo que devasta;
uma perna que se arrasta
e tão próxima a chegada.
Isso tudo sem sentido.
Do silêncio esse vagido
um sorriso de criança.
Olha os mortos se enterrando
e a vida recomeçando
trazendo nova esperança.
Esse teu olhar sem brilho
um pai que pranteia um filho:
tão inúteis tais desvelos.
Uma vida que se apaga,
essa mão que não afaga
nunca mais os meus cabelos.
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