E estas lágrimas,
que me extravasam d’olhos,
lavam-me a face,
deixando-me, pateta,
a soluçar sem jeito?
Que faço eu delas?
Já prometi que tal não haveria
nem terceira,
nem quarta vez.
Mas, cá estou eu
em nova recidiva.
Eis-me a chorar novamente,
convulsivamente,
descabidamente,
como se motivo houvesse.
E ela, onde está?
Que é daquela gaja
que me faz passar por isto?
E por nada!
Assoberbada c'os afazeres seus, dirá,
e esquece-me aqui,
facão na mão,
a descascar cebolas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário