21 setembro 2008

Ave


Maria vê a ave
marinha.
Mariinha
ia ao mar
e vinha.

E vê
a ave
marinha.

Vê a ave, Maria.
E a ave
vê Mariinha.

A ave vê Maria.

Um comentário:

  1. A Grandeza intelectual, poético e filosófico como sempre, presença marcante em {A ave}.
    Adauto Suannes, remontando ao lembrete da Ave Maria, instala na ave a beleza da liberdade, puro passeio no corte da atmosfera à contemplação da paisagem natural.
    Maria a espera, o caminho, a areia, o mar, as ondas, a solidão, a grandeza, a prisão do caminho, com a troca de olhar:
    Maria a liberdade e a ave o retorno ao ninho do compromisso existencial, duas vidas tão distantes e tão próximas.
    Este olhar mágico da existência é arte pura que na pena do Suannes ganha o sentido da seta no labirinto do porquê existencial. Parabéns Grande Poeta.

    Luiz Domingos de Luna, buscar na web.

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