19 novembro 2008

Per Baco!



Vinhas tu da vinha,
alquebrada e triste,
nem mesmo sorriste,
quando me fitaste.

Vendo-te sozinha,
tentei um contato,
nem sorri, de fato,
quando me miraste.

“O que te aporrinha?
Que tristeza é essa?
Aonde vais com pressa?
Diga lá, mocinha.”

E o semblante azedo,
ar aborrecido.
Que teria havido?
Estará com medo?

Não me importa a uva,
o vinho é que importa.
Se a casa tem porta,
fuja-se da chuva.

“Cale-se” me dizes,
com ar arrogante,
e um jeito pedante.
Imitas atrizes.

Essa não és tu.
Te conheço bem,
deixa de desdém.
Tomemos um cru.

Tu bebes, pressinto.
A vida é tão curta,
então, vamos, curta
um copo de tinto.

Brindemos a vida,
com taças de vinho,
talvez um beijinho
antes da partida.

Pra que não apanhes
tu um resfriado
aceita um bocado
deste meu champanhe.

Já vejo um sorriso
surgir-te no rosto.
Foi-se o teu desgosto,
voltou-te o juízo.

Não sou adivinho,
sei que voltaria
a velha alegria,
graças ao bom vinho.

2 comentários:

  1. Mestre fui expulso da vinha estava bebendo uma taça com o vinho preparado por mim intitulado: - Menina de Luz!- porém a triste sina foi o sufiente para a minha expulsão, penso em tomar champanhe aqui com um grande intelectual que é um farol para si, para a familia, para a socieade e para o mundo, não o mundo da vinha, mas o mundo da postagem de pérolas para o engrandecimento epistemológico da humanidade do mestre da sabedroria poética Adauto Suannes
    Luiz Domingos de Luna
    deuteronomioarte@ig.com.br
    A cada dose postada, praza Deus! um novo comentário.

    ResponderExcluir