29 maio 2008

D’après Juliana


“O canto
da sala
cujo pó guarnece
vê o sol que desce
da vidraça entreaberta
desabitado ouve
a passarada o jornaleiro
o cachorro a piazada.”

(Juliana Meira)


O encanto da sala,
onde eu canto uns versos,
cujo som me aquece
e desce até a calçada.
Cala o cão
e, sorrateira,
a passarada ouve.
Houve um silêncio?
A vida passa.

4 comentários:

  1. poetAdauto

    grande idéia! fez os poemas cantarem juntos!
    parabéns por teus versos!
    obrigada, obrigada por incluir meu canto aqui no Circus..
    grande abraço

    ResponderExcluir
  2. Se o canto
    é da Juliana,
    o encanto
    é garantido...

    Tá muito legal, Adauto!

    ResponderExcluir
  3. Depois desses cantos,
    cá do meu canto encorujado
    abro meu coração alado,
    de velho pai-coruja,
    pra antes que a idéia fuja
    dizer que fiquei encantado!

    ResponderExcluir
  4. Como "irmã coruja", acho linda a poesia...de encantar o dia-a-dia! Parabéns Adauto pelo blog e pela escolha da poesia.

    ResponderExcluir