24 junho 2008

Ó poeta enganador


“Tenho do amor profundo e do uso proveitoso dele
um conceito superficial e decorativo.”
(Do Livro do Desassossego de Bernardo Soares)

Esse poeta é impostor,
com que cinismo nos mente
a fazer versos de amor,
coisa que ele não sente.

Ó poeta enganador,
com teu semblante tão triste,
como podes falar de amor
se isso jamais sentiste?

Se máquina tens no peito
- comboio fora do trilho –
teu caso não tem mais jeito,
por mais que esbanjes teu brilho.

Ó guardador de cordeiro,
ó meu prezado Fernando,
disse o vate brasileiro
que amar se aprende é amando.

3 comentários:

  1. oi!
    náo fique chateado,mas hoje a cor e o fundo do seu blog está ruim.. de ler.. acho que foi a mistura verde com cinza.
    mas as fotos continuam lindas.

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  2. Só posso te agradecer a gentileza. E já modifiquei a cor das letras. Abraço do AS

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  3. Caro mestre, pena que um pensamento acertado deste só tenha recebido um comentário, e assim mesmo pra reclamar da cor do blog. Mas eu tô com o Bernardo e não abro. Se pra mulher o amor não significa muita coisa, por que o homem vai supervalorizá-lo?

    Zé Preá

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