05 janeiro 2009

Solidão antiga

Não sei d 'amores; eu não nos conheço.
Só sei d'angústia que me não deixava,
da solidão que devorou meus dias,
só sei de planos qu'eu não realizei.

Senti soidade algu’a vez na vida,
mas tive medo de m'atormentar.
Assi, cobarde, mais que qualquer outro,
matei meus sonhos pra viver em paz.

Nem um só nome na recordação,
lembrança algu’a de quem quer que seja:
ninguém perturba os longos dias meus.

Mas ai de mi, que vivo tão sozinho!
Preciso alguém que creia um pouco em mim;
preciso alguém e um pouco de carinho.

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